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segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Vestida para sonhar ♥ 09:44


Depois de parte da infância passada nos frios do Sul, retornei a velha e boa Acesita (assim preferem os antigos). Até que mamãe e papai encontrassem um lugarzinho para a família e o cachorro, passei uma temporada alegre na casa de minha vó. Não reclamei, não murmurei. Talvez a glória da infância abrisse os meus olhos para a maravilha que era estar em família e me negasse a realidade um pouco descontrolada de nossa condição financeira.

Não há nada melhor para uma garota de 6 anos que um guarda roupa de mãe. Melhor em dobro, era o baú de vestidos de Dona Mercedes, a dona da casa e avó materna. Me lembro do tempo em que chegava da escola em uma kombi branca e corria pela casa afora a procura do meu sonho de princesa. As flores e formas que estampavam as roupas me enchiam os olhos. E mais belo ainda era ver os vestidos se arrastando até o chão. Em busca de estratégias que os fizessem caber justinho nas minhas idéias de menina, amarrava fitas, fazia nós, levantava barras, costurava tecidos e histórias.

O príncipe era qualquer um. Até nosso animal branco e peludo servia. Tive a ousadia de estender o papel do mocinho a um primo mais velho. Mas não houve tempo para acumular tanta coisa assim no coração: rapidinho minha alegria foi desfeita por fotos em que ele aperecia sorridente ao lado de outras menininhas.

E claro, no banquete da princesa não podia faltar o doce de leite feito pela verdadeira dona dos vestidos. Eram sequinhos, morenos e tinham a forma de pequenos losangos. "Docinhos gostosos da vovó" era o nome da especialidade servida no meu castelo de ardósia e cimento, rua dos Marinheiros, Bairro Novo Tempo. Olhando assim, o reino parecia até próspero e pacífico.


The End.